Fico mal quando não vou à igreja. Desde criança, fui criado dentro de igreja, e mesmo que só tenha tido comprometimento com a obra de Deus no final da adolescência, sempre tive um carinho todo especial no fato de ir à casa de Deus. Acho interessante a dinâmica de ir a um local pelo menos uma vez na semana para poder me reabastecer. Se pudesse, estava todo dia na igreja, podendo comungar com meus amigos e, principalmente, com Deus. Apenas uma ressalva: sei que a instituição Igreja não salva ninguém, mas é inquestionável o bem que ela faz para aqueles que a frequentam.
Existe um versículo que amo muito, e gosto de lembrar sempre. Ele está em Salmos 122.1: "Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor". Acho estupendo o desejo que o salmista relata daquelas pessoas em poder ir, livremente, à casa do Senhor e adora-lO. Como é engraçado o quanto isso remete à nossa liberdade hoje. Nesse Salmo, um peregrino, alguém de fora de Jerusalém (onde o templo estava), se sentia alegre, honrado, provavelmente extasiado em visitar o local onde Deus habitava. Nós também nos sentimos assim hoje. Não?
Sinceramente, creio que não. Se a igreja não for um local que nos proporcione prazer imediato, não queremos ir. E essa afirmativa funciona tanto para os crentes quanto para aqueles que não creem.
Os crentes querem se sentir confortáveis, e só. Não querem pagar o preço, não querem estar em um lugar onde não conhecem ninguém ou fala coisas que ele não quer ouvir. Querem participar dos cultos de forma superficial, podendo ir até mais de uma vez por semana para a igreja, e até trabalhando em algum ministério, mas não passa disso. Não estão dispostos a visitar a Casa de Deus e se relacionar com o dono daquele local. Querem poder entrar na cozinha, abrir a geladeira, pegar um pedaço de bolo e comer, mas quando o dono da casa pergunta se está tudo bem, ele finge que não é com ele ou pior, destrata o dono da casa.
Com os descrentes, a coisa muda de figura. Eles dão as mesmas desculpas que o vídeo cita acima, algumas das quais eu mesmo já ouvi pessoalmente. A confortabilidade também entra nesse meio, mas não é só isso. Além de toda uma guerra espiritual que não conseguimos ver entre os anjos de Deus e os demônios, as pessoas criaram uma imagem da igreja como um local de julgamento e preconceito, o que ela não é em absoluto. A igreja é um hospital, um local de amor puro, onde quem erra não é o Deus que está ali dentro, mas sim as pessoas que estão ali dentro (Romanos 3.24; Gálatas 2.16). Não devemos nos guiar pelo que elas são ou até mesmo pelo que nós fizemos e somos, mas sim pela necessidade real que temos (eu e VOCÊ) de Jesus na nossa vida (Efésios 2.8).
De fato, a igreja, como sendo as pessoas que a formam, não é nem um pouco perfeita e jamais será, porque as pessoas jamais serão. Mas a igreja como sendo a verdadeira Noiva de Cristo pode alcançar patamares inacreditáveis de perfeição, não por ela mesma, mas porque ela está à espera do Noivo, Jesus Cristo (Apocalipse 21.2,9). E se ansiamos por Cristo, queremos ser aprazíveis aos Seus olhos, queremos apresentar um resultado satisfatório quando Ele nos perguntar: "Que tipo de Igreja você foi?".
Então, lendo tudo isso e refletindo sobre você mesmo, responda: que tipo de Igreja você tem sido? Aliás, você tem sido uma Igreja, de qualquer forma?
By: Reinaldo Juninho
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