terça-feira, setembro 18

Tropa de Zion!

Segunda, às 19:30h.

Av. Gov. José Malcher, Vila Alda Maria, casa 180. Entre Dom Romualdo de Seixas e Wandenkolk.

quarta-feira, julho 6

Alegro-me por Ter Razões para Ir à Igreja!




Fico mal quando não vou à igreja. Desde criança, fui criado dentro de igreja, e mesmo que só tenha tido comprometimento com a obra de Deus no final da adolescência, sempre tive um carinho todo especial no fato de ir à casa de Deus. Acho interessante a dinâmica de ir a um local pelo menos uma vez na semana para poder me reabastecer. Se pudesse, estava todo dia na igreja, podendo comungar com meus amigos e, principalmente, com Deus. Apenas uma ressalva: sei que a instituição Igreja não salva ninguém, mas é inquestionável o bem que ela faz para aqueles que a frequentam.
Existe um versículo que amo muito, e gosto de lembrar sempre. Ele está em Salmos 122.1: "Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor". Acho estupendo o desejo que o salmista relata daquelas pessoas em poder ir, livremente, à casa do Senhor e adora-lO. Como é engraçado o quanto isso remete à nossa liberdade hoje. Nesse Salmo, um peregrino, alguém de fora de Jerusalém (onde o templo estava), se sentia alegre, honrado, provavelmente extasiado em visitar o local onde Deus habitava. Nós também nos sentimos assim hoje. Não?
Sinceramente, creio que não. Se a igreja não for um local que nos proporcione prazer imediato, não queremos ir. E essa afirmativa funciona tanto para os crentes quanto para aqueles que não creem.
Os crentes querem se sentir confortáveis, e só. Não querem pagar o preço, não querem estar em um lugar onde não conhecem ninguém ou fala coisas que ele não quer ouvir. Querem participar dos cultos de forma superficial, podendo ir até mais de uma vez por semana para a igreja, e até trabalhando em algum ministério, mas não passa disso. Não estão dispostos a visitar a Casa de Deus e se relacionar com o dono daquele local. Querem poder entrar na cozinha, abrir a geladeira, pegar um pedaço de bolo e comer, mas quando o dono da casa pergunta se está tudo bem, ele finge que não é com ele ou pior, destrata o dono da casa.
Com os descrentes, a coisa muda de figura. Eles dão as mesmas desculpas que o vídeo cita acima, algumas das quais eu mesmo já ouvi pessoalmente. A confortabilidade também entra nesse meio, mas não é só isso. Além de toda uma guerra espiritual que não conseguimos ver entre os anjos de Deus e os demônios, as pessoas criaram uma imagem da igreja como um local de julgamento e preconceito, o que ela não é em absoluto. A igreja é um hospital, um local de amor puro, onde quem erra não é o Deus que está ali dentro, mas sim as pessoas que estão ali dentro (Romanos 3.24; Gálatas 2.16). Não devemos nos guiar pelo que elas são ou até mesmo pelo que nós fizemos e somos, mas sim pela necessidade real que temos (eu e VOCÊ) de Jesus na nossa vida (Efésios 2.8).
De fato, a igreja, como sendo as pessoas que a formam, não é nem um pouco perfeita e jamais será, porque as pessoas jamais serão. Mas a igreja como sendo a verdadeira Noiva de Cristo pode alcançar patamares inacreditáveis de perfeição, não por ela mesma, mas porque ela está à espera do Noivo, Jesus Cristo (Apocalipse 21.2,9). E se ansiamos por Cristo, queremos ser aprazíveis aos Seus olhos, queremos apresentar um resultado satisfatório quando Ele nos perguntar: "Que tipo de Igreja você foi?".
Então, lendo tudo isso e refletindo sobre você mesmo, responda: que tipo de Igreja você tem sido? Aliás, você tem sido uma Igreja, de qualquer forma?

By: Reinaldo Juninho

sexta-feira, abril 8

E Qual é a Nossa Parcela de Culpa?


Não sou um cínico. Creio que tudo acontece por um motivo, e sei que Deus está por trás de tudo nesse mundo. Também não gosto de ser chamado de moralista, mesmo algumas vezes sendo um. Digo isso porque muitas vezes questiono a "logística mundial" de como as coisas acontecem, e vejo que a maioria das situações mundiais consideradas ruins ou críticas poderiam ter sido diferentes se tivéssemos feito a nossa parte. Eu, inclusive.
Sendo assim, não posso ficar calado quando vejo na televisão notícias como a do jovem Wellington Menezes de Oliveira, causador do "Massacre em Realengo", no dia 07 de Abril de 2011. Com certeza, uma notícia triste que irá perdurar eternamente na lembrança dos brasileiros e, principalmente, dos familiares dessas crianças que foram vitimizadas por esse rapaz. Doze crianças foram vitimizadas, dez meninas e dois meninos.
O que quero salientar aqui não é, necessariamente, a notícia do massacre em si, mas usá-la como ponte para uma conversa mais aprofundada sobre o nosso papel na sociedade. Isso mesmo, o nosso papel, daqueles que não teriam coragem de entrar em uma escola atirando em pessoas porque acham isso impensável, mas que também diariamente matam pessoas pela sua indiferença ao próximo.
Me preocupo muito com o papel dos cristãos no mundo de hoje. Não estou falando sobre religião, ou sobre evangélicos e católicos ou qualquer outra denominação. Estou falando sobre aqueles que professaram Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador, mas não confessaram amar ao próximo como a si mesmo. João 12:20-26: "Ora, havia alguns gregos, entre os que tinham subido a adorar no dia da festa. Estes, pois, dirigiram-se a Filipe, que era de Betsaída da Galiléia, e rogaram-lhe dizendo: Senhor, queríamos ver a Jesus. Filipe foi dizê-lo a André, e então André e Filipe o disseram a Jesus. E Jesus lhes respondeu dizendo: É chegada a hora em que o Filho do Homem há de ser glorificado. Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto. Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida [carne, natureza carnal corruptível], guarda-la-á para a vida eterna. Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará". Para que outros possam viver, você tem que morrer. Como é isso, Juninho? Simples. Para que outros possam ter a vida eterna, aquela que você já tem, você mesmo tem que se esvaziar de tudo o que você é, gosta, sente prazer. Você tem que morrer pra si mesmo para que as pessoas possam viver em Jesus Cristo.
Muitas pessoas estão morrendo, perecendo no mundo de hoje porque nós não queremos viver para elas, mas sim para nós mesmos. Muitas pessoas estão morrendo hoje porque hoje mesmo você tem virado as costas para elas. Novamente, eu não estou falando de você, mas de NÓS. Quem gosta de não fazer o que gosta de fazer? Eu não. Mas, para que outros possam viver, isso tem que acontecer. Essa mensagem, de que devemos morrer para outros viverem, é constantemente pregada por um ótimo ministrador da Palavra de Deus da atualidade, Juliano Son. Foi através das mensagens ministradas por ele que me senti constrangido a pensar, no mínimo, sobre o meu papel de cristão na sociedade.
"Mas Juninho, o que isso tem a ver com o Massacre de Realengo, que tu citou acima?" Tem a ver, meu querido, que aquele rapaz que fez tudo aquilo era um cristão em potencial. Não me critiquem nem me julguem pelo comentário acima. Creio que todo o Mundo é feito de cristãos em potencial, porque o Espírito Santo está pronto para agir no coração de qualquer pessoa, tornando-o um seguidor (e não apenas crente) de Jesus Cristo. Olhamos para as pessoas na rua, nos nossos trabalhos, nos nossos colégios e faculdades, e vemos apenas pessoas, enquanto que poderíamos estar vendo-as como futuros servos do Deus Altíssimo. E, se não a vemos com os olhos espirituais de Deus, ansiando um futuro santificado para elas, não a vemos de maneira alguma. Nos tornamos indiferentes ao mundo ao nosso redor, e a igreja tem se tornado cínica em dizer que veio para todos, mas não atende a todos. Nossos pensamentos não estão voltados para a morte do nosso "EU". Elas estão voltadas apenas para "EU". "Eu quero", "Eu posso", "Eu tenho". E onde estão os outros? Quem foi que falou do amor de Jesus Cristo pro Wellington? Quem foi que se dispôs a ajudar o Wellington a caminhar junto com Jesus? Quem foi que deu seu tempo pra explicar quem era Deus e Jesus pra ele?
Vemos esta notícia e dizemos: "Isso está longe de mim". Não, não está. Há uma enorme possibilidade de você ter um Wellington Menezes dentro da sua própria casa e nem saber, porque você se tornou indiferente às dores das outras pessoas. A sua mente e seu coração estão completamente cauterizados. Meu Deus, nós estamos assim! Eu não estou falando daquele mendigo que você não deu dinheiro na rua, eu estou falando do seu pai que bebe, da sua mãe que briga com você por qualquer razão, eu estou falando do irmão/irmã que caçoa de você porque você vai pra igreja. Eles precisam de você!!!!! E você está aonde? Brincando de ser cristão, se martirizando pelos seus traumas e desculpando suas ações por causa deles, buscando experiências que só edificam você? O sangue dessas pessoas será cobrado de você nos dia do seu julgamento!!!! Paulo fala isso: "E agora, na verdade, sei que todos vós, por quem passei pregando o reino de Deus, não vereis mais o meu rosto. Portanto, no dia de hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos, porque nunca deixei de anunciar todo o conselho de Deus" (Atos 20:25-27) O Evangelho é para todos, mas nem todos escutam sobre ele porque muitos estão calados. Você é um deles? Você tem sido um deles?
Meus amados, quantas vezes hoje eu me pego pensando sobre as pessoas a quem eu não testemunhei, sobre os momentos em que perdi de falar de Jesus. Isso é tão triste. Apenas a misericórdia de Deus para nos ajudar. Minha intenção, com este texto, é constranger você a procurar respostas no Espírito Santo de Deus sobre o que você está fazendo, se livrando mais pessoas de "Massacres do Realengo" ou se criando eles?

By: Reinaldo Juninho

quinta-feira, março 3

Nada Melhor do que Sorrir


Sorrir! Uma das ações mais simples, e ao mesmo tempo tão complexa, do ser humano. Sorrir nunca envolve apenas o levantar dos cantos da boca, ou mostrar dentes, ou até o início de uma gargalhada. É bem mais.

O ato de sorrir, em sua essência, denota alegria, satisfação, conforto, segurança, amor. O que foge à isso não é, de fato, um sorriso verdadeiro. Ou seja, se sorrimos, é porque o nosso sentimento está solícito para as boas e verdadeiras coisas da vida.

Mas o que quero salientar nesse texto não é esse aspecto do sorriso. De uns tempos pra cá tenho percebido o quanto sorrir tem um poder grande. Pessoas que sorriem mais são mais felizes, e isso é algo comprovado cientificamente. Como sorrir é uma demonstração de alegria, quem sorri é mais alegre. Na prática, na minha prática de vida, eu posso comprovar isso.

Enquanto vivemos com rostos mais sisudos, mais “fechados”, ficamos sujeitos a coisas muito ruins para nós, até mesmo físicas. Não é incomum você achar pessoas que possuem doenças físicas pelo simples fato de não terem perdoado alguém de seu passado, ou por serem pessimistas (e não confundamos pessimismo com realismo), ou porque são traumatizadas e deixam esse trauma viver a vida delas. Quando se pensa em coisas ruins, se atrai coisas ruins. Esse não é um pensamento místico de Nova Era ou coisa parecida. Isso é um fato, que pode ser comprovado biblicamente. Em Marcos 7:20-23, o autor fala que “o que sai do homem, isso é que o contamina. Pois é do interior, do coração dos homens, que procedem os maus pensamentos, as prostituições, os furtos, os homicídios, os adultérios, a cobiça, as maldades, o dolo, a libertinagem, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a insensatez; todas estas más coisas procedem de dentro e contaminam o homem”.

Tenho o costume de dizer que se sorríssemos mais, não teríamos tantas guerras. Se nos alegrássemos mais, não teríamos tantas guerras. Se não vivêssemos tanto no excesso, não teríamos tantas pessoas desestruturadas emocional e psicologicamente. Se vivêssemos mais voltados para as simplicidades da vida, se entendêssemos que o simples sorrir de um bebê já é uma vitória, entenderíamos que todo o poder e ambição que temos são meros detalhes na vida como um todo.

Vivemos num mundo que estabeleceu parâmetros de vida muito altos, que só podem ser alcançados se nos desfizermos de algum aspecto de nossa vida. Se queremos ter uma vida profissional bem sucedida, na maioria dos casos, nossos relacionamentos pessoais são ínfimos ou inexistem; e se queremos ter uma vida cheia de relacionamentos pessoais saudáveis, nossa vida profissional deve ser estagnada ou, também, inexistente. Por que isso? Porque não conseguimos mais nos alegrar apenas em ver o pôr do sol. Devemos vê-lo em outro país, pois é mais lindo. Porém, para vê-lo em outro país, eu tenho que trabalhar muito pra ganhar dinheiro. Mas pra eu trabalhar muito, eu não posso fazer determinadas coisas e sair com determinados amigos, porque senão eu estou perdendo tempo, e tempo é dinheiro. Jamais faria apologia ao “não trabalho”, mas entenda que tudo o que fazemos com excesso é errado, pois nos tira a alegria.

Minha tia me dizia muito quando eu era criança: “Juninho, tu ri com os olhos”. Porém, à medida que fui crescendo, ela sempre dizia: “Juninho, tu não ri mais como antigamente. Tu não ri mais com os olhos”. Estamos perdendo nossa inocência, e transformando-a em sabe-se lá o quê. Estamos perdendo a vontade até de sorrir, pois o mundo em que vivemos não nos dá essa oportunidade. Isso não é verdade!

Lógico que nem sempre iremos sorrir, como se nada estivesse acontecendo. Haverá momentos de tristeza e choro. Mas esses momentos são poucos, perto das incontáveis oportunidades que tivemos/temos/teremos de sorrir e nos alegrar. O fato de acordarmos de manhã é motivo para sorrir, pois assim estaremos celebrando a vida. Quem já acorda reclamando, triste ou amargurado teve sua alegria furtada em algum momento da sua vida, e saiba hoje que esse não é o seu normal! Fomos criados para sermos alegres, solidários, para vivermos em comunhão e união com outros como nós. Se isso não tem sido uma verdade na sua vida, alguma coisa está deturpada, e precisa ser resolvida.

Quem me conhece a fundo sabe que tenho meus motivos para ser triste e traumatizado. Eu mesmo já me entreguei a esses sentimentos, a ponto de não querer mais viver. Porém, descobri que eles são, na verdade, secundários. Os motivos para que eu seja depressivo não são maiores do que os motivos para a minha alegria. Hoje entendo que, de fato, seria uma pessoa triste se eu não tivesse um diferencial: Jesus. Não tenho como falar qualquer coisa da minha vida sem citá-lo de alguma forma, pois Ele está em tudo.

Meus pais se separaram? Jesus me mostra que não é o fim do mundo.

Bati o carro? Jesus me mostra que tem como solucionar.

Meu pai nunca foi presente e por isso tenho problemas de relacionamento? Jesus é o melhor relacionamento que eu poderia ter ou querer ter.

Fiquei sem dinheiro pra me sustentar? Jesus dá o necessário, e se Ele quiser dar mais, Ele dá.

Tudo o que você sentir necessidade ou falta, Ele supre. Não há distinção. E Ele faz isso pelo simples fato de nos amar. Esse já um motivo pra sorrir. Temos acesso a um Deus presente, que nos ama e quer nos mostrar o quanto Sua presença é real em nossas vidas, como em Salmos 145:8-9: “Bondoso e compassivo é o Senhor, tardio em irar-se, e de grande benignidade. O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias estão sobre todas as suas obras”.

Meu querido, minha querida, Deus nos colocou nesse mundo por uma razão, por um motivo que é bom. Todos podemos ser melhores do que somos, basta nos entregarmos à alegria que Deus tem nos oferecido, que é a única alegria verdadeira. Vão por mim. Bebidas, drogas, sexo, pena de si mesmo, dependência de outras pessoas, humilhar outros, etc.; nada disso nunca vai trazer nenhuma satisfação pra vocês. Pode ser que vocês até possam sorrir no momento, mas essa alegria está condicionada a mais momentos de solidão e tristeza logo após.

Sempre digo para apreciarmos os momentos mais simples do mundo, pois eu sei que ali encontraremos o verdadeiro motivo para sorrir, pois assim estaremos condicionando a nossa vida a momentos de pura verdade, em que nos alegraremos com essa pura verdade, e não mais mascararemos nossos reais sentimentos com vontades esdrúxulas e temporárias.

Saber aproveitar esses momentos também faz parte dessa alegria. Sendo assim, aproveite. E sorria!

Obs: Tenho dificuldades em mexer em algumas funções do blog. Uma delas, como vocês devem ter visto acima, é espaçar o início dos parágrafos. Espero que não prejudique a leitura.

Por: Reinaldo Juninho

terça-feira, março 1

Estranho



O ser humano, em geral, tem uma dificuldade de compreensão ao que é “estranho”. Ele não assimila, pelo menos não inteiramente e tão rápido, o que lhe causa “estranheza”, aquilo que ele não consegue explicar ou entender facilmente.

Porém, esse é um comportamento no mínimo interessante, pois o “estranho” é totalmente relativo. O que me causa “estranheza” pode não ser um grande causador (ou nenhum causador) à outra pessoa, e por aí vai. Por exemplo, as roupas que eu uso não são “estranhas” pra mim, porque senão não as usaria (apenas se eu fosse me fantasiar de algo). Eu uso as roupas que me interessam não de uma forma “estranha”, mas sim de uma forma harmoniosa, e que algumas vezes causa “estranheza” em algumas pessoas, mas em outras não.

De uma certa maneira, sempre seremos “estranhos” aos olhos de alguém. Até o cara de smoking pode ser estranho àquele cara que mora na praia e acha que viver sempre vestido, com camisas de manga longa e com roupas em cima de roupas, é um absurdo e “estranho”. Se procurarmos, sempre voltaremos ao senso comum de que o “estranho” não é algo sistemático, e não existe um livro de regras que determina se a pessoa é “estranha” por isso e por aquilo.

O nosso mundo, hoje, desbancou barreiras de “estranheza”, onde não existem mais pobres, mas sim pessoas que preferem viver com menos do que outros; não existem mais famílias perfeitas, justamente porque não existem famílias perfeitas; não existem mais horários fixos de trabalho, porque eles se tornaram relativos; e por aí vai. Hoje, o “estranho” é não ser “estranho”.

Só que, aproveitando a “moda do estranho”, queria fazer apenas uma ressalva. Não confundam “estranheza” com preconceito, ou qualquer outra coisa relacionada a isso. O preconceito não é uma forma de reação à “estranheza”, e sim apenas uma forma de intolerância quanto à condição ou escolha de algumas pessoas. Intolerância essa que teríamos de ter ao preconceito, diga-se de passagem.

Sendo assim, vivendo em um mundo onde podemos nos abraçar e dizer que de fato amamos os “estranhos”, podemos viver com mais pacificidade uns com os outros, respeitando cada vez mais as suas escolhas, assim como eles respeitarão cada vez mais as nossas, mesmo que cause uma certa “estranheza”.

Existiu um cara, há muito tempo atrás, que sentiu na pele esse preconceito pela Sua condição e escolha, que causaram “estranheza” em quem não deveria ter causado “estranheza”, e acabou acarretando em uma intolerância desenfreada perante a sociedade. Ele não era “estranho” aos meus olhos, mas aos olhos de muitos Ele se tornou um grande “estranho”.

Jesus veio ao mundo com a condição de ser Deus e homem ao mesmo tempo, e escolheu viver dessa forma para poder entregar o que de melhor Ele tinha (tem), que foi (é) a Sua vida. “Estranho” isso, não?! Para os que não saibam, Ele causou “estranheza” sim, mas não porque usava roupas diferentes, ou porque o seu corte de cabelo era avançado pra Sua época, ou porque Suas companhias eram as mais descoladas, ou porque tinha (ou não) bens e posses. Jesus causou “estranheza” porque Ele era diferente de tudo. De fato, em qualquer época que Ele aparecesse, Ele causaria um sentimento “estranho” nas pessoas, até porque esse sentimento de “estranheza” é inerente do ser humano. Mas algo extraordinário aconteceu, pois muitas pessoas entenderam que o “estranho” que havia n’Ele era relativo.

O relativismo é algo muito interessante, pois ele é, justamente, relativo. Enquanto que muitos acusaram Jesus de muitas coisas (de louco a demônio), e preferiram encarar a “estranheza” de Jesus como algo “estranho”, outros encararam a “estranheza” de Jesus como a resposta que eles tanto procuraram durante muito tempo, ao passo que faziam “estranhezas” para poderem estar perto de Jesus. Podemos até entender a “estranheza” de Jesus como “loucura”, pois o que Ele veio fazer no mundo foi, de fato, “louco”. E mais “louco” ainda são aqueles que acham essa “loucura” sã. A própria Bíblia diz isso. Em I Coríntios 1:21, o apóstolo fala que “visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por meio da sabedoria humana, agradou a Deus salvar aqueles que creem por meio da loucura da pregação”, e em I Coríntios 2:14, onde diz que “o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não é capaz de entende-las, porque elas são discernidas espiritualmente”.

Muitos falam que os cristãos são os maiores pregadores de intolerância na face da terra. Falam até que os cristãos, escolha de vida essa a qual me englobo, vivem uma tolerância hipócrita, onde fazem justamente o oposto do que pregam. Se pregam amor, agem com indiferença e ódio; se pregam abstinência, não se abstém; se ajudam, o fazem com segundas, terceiras, quartas, quintas, sextas, sétimas intenções; se amam, não o fazem com sinceridade, pois são bajuladores.

O problema é que os intolerantes não são os cristãos (nós), mas sim eles mesmos, que estão préconceituando a nossa “estranheza”. Escolhas são feitas diariamente, e temos que respeitá-las, mas jamais devemos nos esconder atrás de falsas opiniões e falsa aceitação. Se eu não gosto, eu falo que eu não gosto. Isso não é “estranho”, é apenas verdade. Claro e evidente que nem todo mundo é todo mundo, e sempre um ou outro vai acabar se exaltando e fazendo o que é errado, e mesmo para esses devemos opinar sobre a intolerância deles, pois não agiram com respeito em relação à “estranheza” de outrem.

Se nos respeitássemos mais, se nos entendêssemos mais, se nos “estranhássemos” menos, o mundo seria diferente. Sem brincadeira e falso moralismo. O mundo seria totalmente diferente. Já pensou o quanto Hitler seria benéfico ao mundo se ele entendesse que todos somos “estranhos”? Se ele entendesse que o que ele achava “estranho” na verdade não o era, era apenas relativo?

Não pensem que sou ingênuo o suficiente pra deflagrar um discurso sobre “estranheza” e pensar que todos estamos corretos em fazer o que fazemos. “Estranho” não é sinônimo de erro. Muito pelo contrário. O erro é decorrente da intolerância contra algo, que ultimamente, por muitas vezes, tem sido a nós mesmos.

Ser "estranho" é muito mais do que usar algo que ninguém usa ou faz. Ser "estranho" é abraçar as diferenças que existem dentro de você mesmo e fazer bom uso delas. Num âmbito espiritual, é você pegá-las e entregá-las a Deus, como uma forma de incentivo à "loucura" do Evangelho de Cristo. É você encontrar paz não em prazeres, momentos, pessoas, atitudes ou coisas, mas sim na "estranheza" de deixar uma pessoa, Jesus, que viveu a muito tempo atrás, preencher o erro e a intolerância que existem dentro de você (e porque não, de nós) por um sentimento "estranho". Que, de fato, não é "estranho", porque isso é relativo.


Por: Reinaldo Juninho

terça-feira, dezembro 14

Terror Moderno - Parte 2


Personagens de filmes de terror são um espetáculo à parte. Acho incrível os personagens que têm alguma antologia ou uma história quase infindável. E se depender do cinema e de seus remakes, serão infindáveis mesmo. Mas, continuando a postagem anterior, queria focalizar em três personagens icônicos e que marcaram a minha vida cinematográfica.

Jason Voorhes, Freddy Krueger e Michael Myers são personagens únicos e reconhecíveis do cinema estadunidense e mundial, sendo reconhecidos em qualquer lugar. Possuem características peculiares, personalidades únicas. Até a música que toca antes deles entrarem em cena são memoráveis. Personagens assim fazem e sempre farão história, e até os filmes ruins em que estiverem envolvidos serão lembrados (vide os filmes originais).

Porém, apesar de gostar muito desses personagens, sempre os achei alegóricos demais, cambando o ridículo. Aliás, ridículo esse que é demonstrado de forma escrachada nos filmes dos anos 90 desses personagens (especialmente Jason. Aquele filme do Jason no espaço é além do ridículo. Assista, por favor. Você vai dar ótimas risadas). Mas voltando, na década de 80 e começo de 90, os filmes, como um todo, tinham uma tendência mais surrealista, colorida e até meio idiota, porque não dizer. Recentemente vi "Tron - O Legado" e também fiz a diferença entre o novo e seu antecessor, feito na época de 80 por um roteirista que provavelmente tinha usado algum entorpecente enquanto escrevia o filme. Os filmes eram mais coloridos, porque a época era colorida, com cores neons fortes, que simbolizavam a liberdade da opressão que vinha sendo desfeita desde a década de 50 no mundo. Hoje, porém, a história é outra.

Vivemos em um tempo onde podemos fazer tudo e vemos de tudo acontecendo em cada esquina. Não precisamos mais dessas cores para mostrar nossa liberdade. Podemos fazer isso pela internet ou qualquer outro meio. O que chocava a 30 anos atrás não choca mais hoje, em absoluto. O choque deve ser mais profundo, mais visceral (não necessariamente sanguinolento, mas mais forte, mais cru). E é isso que vejo refletido nesses filmes bestas de terror. A questão é: a temática deles não é mais tão besta. Freddy Krueger matava por vingança, mas enquanto usava algumas de suas vítimas como pebolim humano no passado, no filme atual ele prefere só matar mesmo. Se Jason só tinha renascido só Deus sabe da onde no passado, hoje é um psicopata que ficou traumatizado por uma mãe louca. Se Michael Myers era um garoto que matou a família por por um sentimento incestuoso, no filme atual ele mata porque há toda uma trama psicológica envolvida. As coisas tem que ser mais profundas hoje, senão não despertam interesse.

Pra quem não gosta de filme de terror, não assistam esses filmes. Possivelmente não acrescentarão nada em suas vidas. Mas já pra quem gosta, é uma boa pedida, especialmente "Halloween". É uma ótima viagem sobre a mente insana de um psicopata. Sério mesmo. Alguns psicológos poderiam dar uma olhada nesse filme, pois ele trata com uma precisão desconcertante a mente do assassino.

Enfim, creio que o ser humano evolui, e junto com ele seu gosto por qualquer coisa, seja filme, moda, etc. Sendo assim, creio também que essa mudança nos filmes nada mais é do que uma evolução do ser humano, que prefere assistir a "fantasia real" à "realidade fantasiada".

Por: Reinaldo Juninho

terça-feira, outubro 12

Terror Moderno - Parte 1

Gosto muito de ver filmes de terror. Acho espetacular aquela adrenalina que sentimos quando estamos vendo, e acredito que não seja um sentimento apenas meu, pois se fosse, os filmes de terror não seriam tão vistos no mundo todo como são.

Mas as vezes me pergunto se os filmes que são feitos hoje são tão bons quanto os feitos no passado. Pelo menos de uma certa forma. Não sou fã de filmes antigos, especialmente os muito antigos, mas tenho que tirar o chapéu para alguns filmes de terror, que me fizeram ficar bastante tenso. Porém queria focalizar em três específicos aqui nesse post.

Clássicos inconfundíveis do final da década de 70 até a década de 80, "A Hora do Pesadelo" ("A Nightmare on Elm Street"), "Halloween" e "Sexta-Feira 13" ("Friday the 13th") foram filmes que me assombraram durante minha infância, pré-adolescência, adolescência (quando eu de fato tomei coragem pra assistir) e até hoje, na verdade. Mas calma, eles não me assombraram de me deixar com medo (alguns sim!), mas de ficarem martelando em minha mente.
Enfim, esses são os três filmes que podem simbolizar uma nova era nos filmes de terror, a de assassinos inexplicavelmente imortais e com sequências tipo pop-up: de repente surgia uma. Mas de fato são filmes que marcaram uma geração inteira, e na verdade ainda fazem escola. Como todo bom filme dos anos 80 (com exceção de "Halloween", o mais antigo da turma mas ainda sim podemos ver uns traços), seus exageros podem ser sentidos aos montes, especialmente em "A Hora do Pesadelo". Saíamos de uma época em que filmes de terror tinham uma temática muito adulta, como "O Bebê de Rosemary", por exemplo (ótimo, diga-se de passagem). Então, qual é a fórmula para se colocar jovens dentro de um cinema? Jovens, e mulheres principalmente, semi-nuas, com adrenalina e testosterona escorrendo pela tela do cinema. Sucesso absoluto! Não precisava ter história, e de fato não tinha.
Hoje, felizmente, a história é outra. Ainda queremos ver a adrenalina e a testosterona escorrendo pela tela do cinema, mas queremos ver isso envolto em uma história, algo que tenha conexão com, no mínimo, a história que está se contando na tela. Por isso esses filmes, quando refilmados hoje, possuem uma temática um pouco mais séria. Podemos comprovar isso nos cartazes (imagem acima). Os cartazes dos filmes antigos são coloridos!!! Os de hoje são mais sóbrios e sombrios, mais "reais".
As histórias são mais complexas, e esse fato fica bastante evidente no novo "Halloween", onde podemos ver que a trama toda do filme se baseia na história, e não nas mortes em si ou como são provocadas. Os novos "A Hora do Pesadelo" e "Sexta-Feira 13" já não tem tanta sorte nesse quesito, mas mesmo assim dão uma balanceada bacana entre o esdrúxulo e o inteligente. São filmes que funcionam em seu mundo, mas fora dele, dificilmente teriam uma vida longa ou sucesso se não fosse pelo nome famoso. O único, na verdade, que poderia ter essa vida sem o irmão famoso seria "Halloween", pois o diretor Rob Zombie (o cara foi feito pra fazer filme de terror!) soube conduzir um filmaço, brincando com o horror gráfico e psicológico de forma magistral. Ah, e tanto no primeiro quanto no segundo. "Sexta-Feira 13" ficou mais do mesmo, mas dá pra matar(!) a saudade do nosso querido amigo de todas as horas, Jason Voorhees. O mais recente que vi foi "A Hora do Pesadelo", e não me empolguei em todo o filme, mas me assustei em algumas partes. Eficaz, porém poderia ter sido melhor.
Comparados aos antigos, pela nova roupagem, prefiro os mais novos mesmo, mas olhando com o aspecto de mitificação, os antigos são, de fato, superiores. Assim, hoje, pra você ver um filme que te faça pular da cadeira de susto, você deve partir para os filmes de terror sobrenaturais, estilo "Atividade Paranormal" (não assistam, diga-se de passagem) ou bem gore, como o ridículo "O Albergue" e (o primeiro) "Jogos Mortais". Porém, os filmes que mencionei aqui funcionam perfeitamente como suspenses bem bolados, e que têm o adendo de já possuirem uma história muito abrangente em cima de seus protagonistas tão famosos.
Ah, e que venha "Pânico 4", que não é uma refilmagem, mas promete uma remodelação nas "regras do terror". Se é verdade eu não sei, mas com certeza vou estar lá pra comprovar se é ou não.
P.S: Falarei mais dos protagonistas na segunda parte dessa postagem!