segunda-feira, agosto 23

Mórbida Dependência!


"É melhor confiar no SENHOR do que confiar no homem" - Salmos 118:8

Nós, seres humanos, temos uma tendência quase mórbida de dependência de outras pessoas. Sério mesmo. Mórbida pode até ser uma palavra forte e, como muitos podem pensar, fora do contexto. Porém, na verdade, não o é.

Até hoje nunca conheci ninguém que não tivesse a necessidade de viver em coletividade com outras pessoas ou, pelo menos, com outra pessoa. Qualquer tipo de relacionamento, seja de amizade, ou amoroso, ou familiar, etc., vai ser procurado e possivelmente desenvolvido. Isso, pra mim, apenas reforça o quanto nós procuramos estar junto de alguém. Mas enfim, o ser humano é um ser sociável que não consegue ficar sozinho. Até aquela pessoa antisocial (ou que tem fobia à sociedade) não consegue ficar só. Agora, você deve estar se perguntando: por que a questão da morbidez?

Sou uma pessoa que gosta de estar na companhia de outras pessoas. Tenho vários amigos, uma família grande. Na verdade, não me lembro de ter ficado fisicamente sozinho na vida. Isso me fez e me faz feliz até hoje. Porém, houveram alguns momentos em que a minha dependência dos outros tornou-se muito grande, o que me fez ter expectativas enormes (é engraçado essa questão das expectativas, pois elas surgem do nosso sentimentos egoísta de achar que da mesma maneira em que nos doamos para alguém, esse mesmo alguém DEVE fazer do mesmo jeito para nós. A intensidade da dependência varia de pessoa para pessoa, e existem pessoas que não são tão dependentes assim. Isso é incrível e louvável. Ou seja, as expectativas surgem do nosso "querer" que os outros pensem e ajam da mesma maneira que nós. Existe algo tão egoísta e narcisista quanto isso?). O problema dessas grandes expectativas é que, geralmente, elas serão frustradas, pois ninguém estará, em qualquer momento de sua vida, pronto para "saciar" as expectativas que nós temos deles.

Aprendi na marra que a única pessoa em quem nós podemos confiar é em Deus/Jesus/Espírito Santo (isso não é uma conversa teológica, por isso não discorrerei sobre a Trindade. Porém, eles são um só). Pra alguns pode parecer mentira ou piegas ou idiotice, mas pra mim é a pura verdade. Amo meus pais, toda a minha família, meus amigos, seja da igreja ou de qualquer outro lugar, mas todos eles já me decepcionaram (e decepcionam, porque não) até hoje e provavelmente continuarão fazendo até que a existência deles esteja correlacionada à minha. Mas Deus jamais me decepcionou. Na verdade, quem decepciona Deus sou eu. Ele tem, sobre mim, expectativas grandes, planos enormes, que eu escolho se quero seguir ou não. Ele nunca me decepcionou, e isso me deixa constrangido às vezes. Saber que Ele é perfeito, e eu sou desobediente. Isso não se aplica apenas a mim, lógico, mas a todo o mundo.

Já escrevi aqui (eu acho) que não sou pessimista. Me considero realista, e às vezes até demais. Por isso digo: enquanto colocarmos nossa fé, nossas esperanças e expectativas em homens, não sairemos do lugar! Teremos momentos de vitória e pseudo-vitórias, mas a essência continuará a mesma. Isso é fácil? Não, não é. Como eu citei acima, ainda me decepciono, ou seja, ainda confio mais do que deveria em homens. Mas a minha essência, hoje, está em conformidade com Deus, e eu busco essa conformidade. Não sou perfeito, e Deus não espera perfeição de mim. Ele espera um coração sincero, e que confie n'Ele acima de qualquer coisa. Não sou fundamentalista. Quem me conhece pessoalmente sabe disso, e sabe também que luto muito contra o pecado e contra a carne. E por isso sou perfeito para falar sobre esse assunto: EU VIVO ELE!

A partir de hoje, comece a refletir em quem você está colocando suas expectativas. Se em homens, tenha a certeza de que eventualmente você irá se frustrar. Isso não é praga, maldição ou coisa do tipo. É apenas a realidade. Agora, se em Deus, saiba que por mais que não seja fácil, jamais será impossível, porque Ele mesmo disse isso (Lucas 1:37; Mateus 19:26; Lucas 18:27; e assim por diante)

Então, vamos nos livrar das amarras dos homens e da vontade de agradá-los, e agradar e querer agradar cada vez mais a Deus, porque, no final de tudo, vai ser a única coisa que vai importar!

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